[2.xx.x] - Hardware - (Não terminado, em revisão!)

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[2.xx.x] - Hardware - (Não terminado, em revisão!)

Mensagempor reginaldo » Qui Dez 27, 2007 9:10 pm

Hardware

Texto criado e desenvolvido por Gilberto Gianini



INTRODUÇÃO

ESCOLHA DO EQUIPAMENTO

MONTAGEM E TESTES DO HARDWARE



INTRODUÇÃO


Este guia será baseado na versão 2.16.0 do Coyote Linux, lançada em novembro de 2004, esta versão tem a vantagem sobre as outras de ter a opção da escolha da linguagem no Wizard, possibilitando gravar o disquete com o Webadmin em português do Brasil, além da vantagem dos bugs de outras versões corrigidos.

Preferi me concentrar na indicação de equipamentos a partir do Pentium I, nada contra os 486, mas devido à idade do equipamento a chance de ocorrerem problemas é maior e as opções de escolha no mercado de usados serão melhores para quem resolver montar o Coyote a partir da plataforma do Pentium I, a quantidade de Sots PCI vai facilitar a vida de quem for fazer experiências com placas Wireless e DMZs usando mais de duas placas de rede.

No mais, para quem tiver uma placa de 486 e quiser usar o procedimento, os cuidados na montagem e os testes serão os mesmos.

Outro ponto importante é quanto as placas de rede, para facilitar a vida, vou me concentrar nas placas de rede PCI devido a facilidade de instalação, as placas ISA também fazem o mesmo trabalho que as PCI e com a mesma eficiência, mas a configuração é um pouco mais trabalhosa e merece um topico a parte.

Durante a montagem serão sugeridas certas modificações na fonte e na parte de refrigeração para deixar o equipamento praticamente sem ruído, isso é importante para quem vai usar em casa ou no apartamento, evitando assim conviver constantemente com aquele barulho de ventilador de fonte, desse jeito o Coyote fica lá no cantinho dele trabalhando quietinho sem ser notado.



ESCOLHA DO EQUIPAMENTO

Sem dúvida a melhor maneira para evitar problemas com qualquer máquina é uma escolha bem feita do equipamento, no caso do Coyote não é diferente, a pesar de ser um sistema pequeno, simples e extremamente estável ele não está imune a problemas causado por defeitos no hardware, um módulos de memória com endereços defeituosos, capacitores estufados, aquecimentos, fonte que não entrega as tensões corretas, drives de disquete usados demais ou sujos, isso tudo pode causar verdadeiras crises de raiva ao usuário que não tenha escolhido e testado bem seu equipamento.

Muita gente alardeia que o Coyote funciona de qualquer jeito com qualquer amontoado de peças velhas, pode até funcionar, mas funcionar bem é que são elas, não podemos esquecer que este equipamento deverá funcionar por meses a fio, sem ser desligado ou reiniciado e por isso não pode travar nunca

Então vamos as compras;

PLACA-MÃE

Componente principal em qualquer computador a escolha de uma boa placa-mãe é diferença entre uma dor de cabeça sem tamanho e um usuário satisfeito, muito do que é publicado sobre o Coyote faz referência ao 486, nada contra ao 486 (já tive um e adorava), mas as placas-mãe desta geração já são velhas demais e com muito poucos recursos, a idade influencia na degradação natural de alguns materiais utilizados na fabricação, para quem se aventurar com estas placas é bom se acostumar com capacitores estufados, baterias vazando e BIOS que não segura configuração nem com macumba.

Além do mais na época do 486 as placas PCI perdiam em número para as ISA e normalmente as placas de 486 possuem 2 Slots PCI, poucos modelos saíram com 4 Slots PCI, como já se fala em suporte Wireless para o coyote, para que ele possa trabalhar como um Ponto de Acesso Wireless, e um Slot PCI a mais pode fazer falta.

O que eu recomendo por experiência própria são placas para Pentium I, por serem facilmente encontradas no mercado de usados, terem um preço baixo e são relativamente novas, reduzindo assim a ocorrência de problemas por idade, a maioria tem 4 slots PCI e o Pentium I por ser pouco exigido pelo Coyote facilita na hora de fazer um esquema de refrigeração de ruído zero.

Para facilitar a escolha da placa-mãe é melhor seguir o checklist abaixo:
! 4 Slots PCI;
! Ausência de corrosão nas trilhas e contatos;
! Ausência de capacitores estufados;
! Pilha de Lítio CR2032;
! Verniz da placa em boas condições;

A citação da pilha de Lítio é importante, pois é o tipo mais fácil e barato para troca, como a placa é antiga tem que se pensar neste detalhe, existem placas que usam baterias NVRAM (uma caixinha preta presa num socket) que não é recarregável e nova vai custar mais caro que a placa, e as de NiCad tem o problema de vazarem quando ficam velhas e a troca exige a solda de uma nova bateria, sem contar a limpeza e o verniz se a bateria antiga tiver vazado, no mais é uma bateria mais cara, uma bateria de Lítio custa em média R$2,50.

Eu recomendo as placas fabricadas pela Intel, as Advanced AS são as minhas favoritas, pois já tem vídeo on-board que dispensa o gasto com uma placa de vídeo e apresentam um a menor ocorrência de incompatibilidades com placas de rede e travamentos, suporta processadores até Pentium 233.


Intel Advanced AS

Existe uma infinidade de placas mãe de excelente qualidade que podem ser usadas para montar um Coyote como as famosas VX-Pró entre outras tantas, o importante é verificar na hora da compra se elas cumprirem os requisitos básicos (check list), se estiver tudo certo podem ir fundo



Notem na imagem acima um bom exemplo de capacitores estufados, isso ocorre devido à má qualidade dos materiais com que são fabricados, curtos ou aquecimento excessivo, uma placa que apresente capacitores neste estado certamente terá sérios problemas de estabilidade. É importante notar que isso também pode ocorrer na parte de baixo do capacitor, que vem acompanhado de vazamento do material interno na superfície da placa, por isso é importante examinar bem a placa antes de fechar negócio, uma placa que apresenta esse tipo de problema deve ser imediatamente descartada, a não ser que v/ esteja disposto a trocar todos os capacitores com defeito, no caso de placas antigas só compensa fazer isso se v/ já for o dono da placa e se forem poucos os capacitores estufados, senão não compensa.

PROCESSADOR

Naturalmente nesta sugestão o processador pode ser qualquer um que seja compatível com a placa, um Pentium 100 toca o Coyote com bastante folga e pode ser encontrado em algumas lojas por um preço irrisório, eu já vi por R$1,99, pegar um processador um pouco mais forte como o Pentium 166 é interessante para deixar ele trabalhando em underclock (contrário de overclock) eliminando assim a necessidade de um cooler com ventilador, o meu Coyote usa um Pentium 166 rodando a 100Mhz e é refrigerado somente por um dissipador passivo (sem ventilador).

Um detalhe importante é prestar atenção no tamanho da rede, se for um rede grande, com muitos micros navegando simultaneamente é melhor usar um processador um pouco mais forte, como um Pentium 200Mhz ou um 166Mhz trabalhando na freqüência correta usando um cooler eficiente.

COOLER DO PROCESSADOR

Temos duas opções de refrigeração do processador, cooler ativo ou passivo, a diferença é que o passivo não tem ventilador, é só o dissipador, naturalmente se for passivo o dissipador tem que ser grande, o dissipador de um Duron ou Athlon já serve e pode ser encontrado em qualquer assistência técnica que vai ter aos montes que sobram de manutenção.

Um dissipador passivo como o da foto abaixo é suficiente para deixar o processador bem frio.



Se preferir um cooler ativo é melhor comprar um novo, como o Coyote vai ficar ligado direto por meses a fio, usar um cooler já usado que logo vai começar a “roncar” não adianta nada.

MEMÓRIAS

No caso do Pentium, as memórias têm que ser aos pares para funcionar, o Coyote precisa de no mínimo 12Mb de RAM, portanto teremos que usar pelo menos 16Mb, podem ser dois módulos de 8Mb ou quatro módulos de 4Mb.

Um dado a se considerar na hora de escolher a quantidade e memória é o tamanho da rede que o Coyote vai servir, se forem muitas estações conectadas é necessário mais memória pois o Coyote reserva uma determinada quantidade de memória para cada conexão aberta (não confundir conexão com estação), detalhe sobre essa memória alocada e como trabalhar com isso veremos mais adiante, para um rede pequena com até 20 micros 32Mb de memória já são suficientes, em todo caso é sempre bom deixar slots de memória vagos para expansões caso seja necessário.

Como testar as memórias veremos mais adiante na parte de testes.

DRIVE DE DISQUETE

Qualquer marca e modelo de 3 ½ polegadas, bastando que funcione, é necessário um certo bom senso na hora de escolher um drive de disquete, pois é um equipamento que junta muita poeira e têm partes mecânicas sujeitas a emperramentos, por isso um drive muito velho pode criar problemas, lembrando que o sistema roda a partir do disquete e as configurações precisam ser salvas nele, é preciso que o drive grave e leia as informações no disquete e não que coma o disquete.

GABINETE

Qualquer gabinete AT esteja limpo, em bom estado e que a placa mãe caiba dentro, gabinetes AT são encontrados facilmente e a preços bastante baixos, pessoalmente prefiro os horizontais, acho que fica mais bonito.

FONTE

Muito importante a escolha de uma boa fonte, pois ela é a maior “fonte” de problemas em um micro, como o Coyote exige muito pouco do sistema a fonte vai ser pouco exigida mas é bom testar bem antes de montar, qualquer fonte AT de 250W vai servir.

Montagem, teste e modificações veremos mais adiante.

PLACAS DE REDE

Para facilitar as coisas vou recomendar o uso de placas PCI, mais adiante poderemos trabalhar com placas ISA, mas para quem está começando com o sistema é melhor não inventar e ir para o que é mais fácil, em 90% dos Coyotes que eu já montei a placa de rede usada tinha chip da Realtech RTL8139, é o modelo que é mais facilmente encontrado no mercado e é a mais usada justamente por causar poucos conflitos e problemas de reconhecimento.

O Coyote tem uma ampla variedade de drivers, pode se usar praticamente qualquer placa de rede existente no mercado, é comum montar o equipamento com peças usadas e por isso tem que se usar o que estiver a mão, mas mesmo no mercado de peças usadas as placas com chips da Realtech são facilmente encontrados a preços irresistíveis.



Acima o chip da Realtech RTL8139D que atualmente usado na montagem de placas por vários fabricantes e é encontrado em qualquer loja de informática, é possível encontrar facilmente os RTL8139B e RTL8139C no mercado de usados, os mais recomendados são os “C” e “D”, os chips “B”, embora eu nunca tenha tido problemas com eles existem muitos relatos de problemas.

PLACA DE VIDEO

Qualquer uma, desde que funcione, na verdade a placa de vídeo só vai ser usada na hora de montar e testar o Coyote, pode ser PCI, ISA ou on-board, no caso da placa-mãe que eu recomendei (Intel Advanced) o vídeo é on-board, mas se v/ for comprar a placa de vídeo pode pegar uma ISA mesmo, o preço vai ser irrisório



MONTAGEM E TESTES DO HARDWARE

Agora é hora de juntar tudo e fazer funcionar, para isso teremos que inicialmente limpar tudo, equipamento usado normalmente vem acompanhado de poeira e alguma oxidação nos contatos.

Para a limpeza do equipamento pode se usar um pincel e um secador de cabelos potente para assoprar a poeira, vai se espanando a poeira em todos os cantos e assoprando ela com o secador.

Pode-se dar banho nas peças com álcool isopropílico, usando um pincel macio e algo que espirre o álcool nas placas, depois é só secar bem.

Para quem gosta de limpeza de verdade dá para usar água e sabão, ao contrário do que muita gente pensa, água não derrete placas de circuito (pois elas não são feitas de açúcar), pode-se mandar água nelas com detergente neutro (pouco detergente) e vai lavando com auxílio de um pincel, depois é só secar bem usando o secador de cabelos ou deixando ao sol para secar, pode ser no quente mesmo, os componentes agüentam bem, é só cuidar para secar bem e não fazer a bobagem de tentar ligar a placa molhada.

A limpeza dos contatos pode ser feita com spray limpa contatos ou com uma borracha macia, basta passar a borracha polindo os contatos das placas e das memórias até deixar brilhando.

A fonte sempre merece uma atenção especial, abra limpe bem e verifique se o ventilador não está vibrando e fazendo muito barulho, isso é comum em fontes usadas, se estiver ruim troque, uma boa inspeção interna vai bem, para ver se não existe corrosão, oxidação ou os famosos capacitores estufados, verifique também o estado dos transformadores para ver se estão com boa aparência, se estiverem com o verniz queimado é sinal que estão que a fonte sofreu alguma sobrecarga ou que está com problemas, se estiver assim é melhor descartar a fonte e pegar outra.

Aproveite que a fonte está aberta e faça a seguinte modificação. Como o Coyote exige pouco do sistema e conseqüentemente da fonte ela esquenta pouco, o ventilador não precisa trabalhar no máximo, nesse caso pode-se diminuir a velocidade do ventilador mudando o positivo (fio vermelho) que é alimentado com 12 volts e ligá-lo em 5volts, para isso basta cortar o fio vermelho do ventilador (o preto que é negativo deixe onde está) e ligar em um dos outros fios de saída da fonte (vermelhos), lembrando que os da saída vermelhos são de 5V e os amarelos de 12V, assim o ventilador consegue um fluxo suficiente para refrigerar a fonte sem fazer o menor ruído.

Outra alternativa é ligar o ventilador em 7 volts, o que melhora um pouco a refrigeração caso necessário e mantém o nível de ruído baixo, para isso basta ligar juntos os fios de 5 e 12 volts, isso pode ser necessário para o caso de ligar um ventilador “pesado” que precisa de mais força para começar a girar.

Após estas modificações vai bem um último teste da fonte usando o multímetro, ligue a fonte na bancada e verifique as tensões de saída nos molex (conectores de força IDE), se estiver variando menos de 10% pode montar, mais tarde faremos mais testes da fonte com tudo funcionando.

Outro ponto crucial é na hora de espetar as placas de rede, quando se vai usar duas placas de rede iguais é necessário deixar um slot PCI vago entre elas, isso em 90% dos casos evita um conflito que faz com que somente uma seja reconhecida, este conflito ninguém sabe explicar como e porque ocorre, foi constatado com a experiência de montagem e pela troca de informações entre os usuários, esta solução de deixar um slot vago realmente funciona e em alguns raros casos é necessário deixar dois vagos.

Ainda existe o risco (pequeno, cerca de 1% dos casos) do Coyote não reconhecer duas placas iguais de jeito nenhum, neste caso a única solução é trocar uma das placas por uma diferente. Eu sempre tenho uma RTL8029AS para esse tipo de emergência, a escolha deste modelo se dá pelo fato dela funcionar bem com o Coyote e por ser facilmente encontrada no mercado de usados, com ela funciona a 10Mbits eu deixo ela do lado da Internet.

Na hora de espetar o processador é interessante verificar a configuração da freqüência interna e externa, nas placas de Pentium I isso é feito através de jumpers, a combinação correta dos jumpers deve ser vista no manual da placa mãe, que pode ser baixado no site do fabricante.

Se for usar um esquema de refrigeração passiva do processador pode-se jumpear as freqüências num padrão de underclock, por exemplo, deixar um Pentium 166 ou 133Mhz trabalhando a 100Mhz.

Tudo montado, jumpeado e arrumado no gabinete agora é hora de ligar o equipamento e fazer os testes.

Ao ligar vamos logo direto para o SETUP, ali tudo vai depender do modelo da placa e da versão da BIOS, mas o procedimento é sempre o mesmo. Para isso vamos fazer uma listinha só para não esquecer nada:

! Desativar todas as portas seriais;
! Desativar todas as portas paralelas;
! Desativar todas as portas USB on board (se houver);
! Desativar todas as opções de gerenciamento de energia;
! Desativar os canais IDE se for possível ou marcar os dispositivos IDE como "Not Instaled" ou "None";
! Selecionar a opção “Errors” como “No Errors” ou algo equivalente;
! Acertar a data e hora;

Dependendo da versão da BIOS estes itens podem estar em locais diferentes e ter uma identificação diversa, para maiores informações é necessário verificar o manual da placa para poder

Daremos o boot completo pela primeira vez com um disquete do DOS, um disco de boot gerado no Windows 98 ou Me já serve.

Logo na inicialização quando aparecer a tabela de POST deve se observar na lista de dispositivos instalados se as placas de rede estão listadas e se foram atribuídos IRQs para elas, deve-se observar também se nenhum outro dispositivo (como uma porta USB ou paralela) está usando a mesma IRQ se estiver deve-se desativar este dispositivo no SETUP.

É importante salientar que as placas de rede devem aparecer listadas na relação de dispositivos, se a placa não aparece ali o Coyote não vai encontrá-la depois, se surgir algum problema de reconhecimento das placas de rede pela placa mãe, ele deve ser corrigido antes de passar para outra etapa. Se somente uma das placas aparecer o problema deve estar na placa que não apareceu, se nenhuma delas aparecer, elas devem ser testadas em outro micro, se estiverem funcionando o problema está na placa mãe que deve ser substituída.

Para testar o drive de disquete, no prompt de comando digite SCANDISK e quando o aplicativo perguntar se quer fazer um teste de superfície no disquete selecione que sim, o disquete deverá ser capaz de fazer um exame de superfície completo no disquete, isso garante que ele vai conseguir ler todas as trilhas do disquete sem problemas, se não der certo troque o drive de disquete.

Reiniciamos o micro e agora inserimos o disquete com o Memtest86, para quem não conhece o Memtest é o melhor software para testar memórias e roda a partir de um disquete ou CD de boot, o gerador do disco pode ser baixado em http://www.memtest.org/#downiso , para gerar o disco basta executar o arquivo, indicar o drive A:, inserir um disquete formatado no drive e dar Enter, isso gera o disquete, ao dar o boot ele já vai direto para o ambiente de teste e já começa a rodar os testes no modo Standard.

Abaixo temos a tela do memtest rodando sem nenhum erro apresentado e em seguida a tela mostrando erros no modulo de memória.





O Memtest após o boot sai rodando no modo standard isso pode ser verificado no detalhe da foto abaixo, rodando no modo standard (Std) o Memtest faz 9 testes em loops repetidos, muita gente prefere deixar ele rodando no modo Standard.



Mas os testes adicionais são os que “viram do avesso” os módulos de memória atrás de endereços defeituosos, para habilitar todos os 11 testes basta pressionar “C” para abrir o menu de configuração escolher a opção “Selected Tests” depois “All Tests” e pressionar “0” para voltar a página de testes, para saber se os 11 testes serão feitos o status dos testes muda de “Std” para “All”.





O meu método de uso para tirar o melhor proveito deste teste é deixar ele fazer cinco loops no modo Std e depois mudar para All, os 11 testes podem demorar bastante, dependendo da velocidade do processador e da quantidade de memória.

Se os módulos de memória passarem pelo Memtest sem erros o usuário não terá nenhum problema de travamentos provocados por memórias ruins.

Outra utilidade do Memtest é para verificar se a refrigeração do processador está eficiente, ao rodar os testes ele exige bastante do processador fazendo com que ele esquente, isso de quebra verifica a estabilidade geral do sistema, pois os travamentos podem ocorrer devido a aquecimento do processador.

No meu Coyote este teste foi importante, pois eu usei somente um dissipador sobre o processador, num esquema de refrigeração passiva, no meu caso rodando o memtest com o processador na velocidade nominal (Pentium 166Mhz) o dissipador esquentava bastante, mesmo o Coyote exigindo muito pouco do processador e conseqüentemente gerando pouco calor, eu preferi configurar o processador de 160 para 100Mhz, assim ele gera quase nada de calor, no funcionamento normal do Coyote o dissipador fica levemente morno.

Nota: Em alguns casos em que o usuário escolher um esquema de refrigeração passiva pode ser necessário usar um cooler ativo para rodar o memtest por bastante tempo, quando estiver rodando o memtest sempre verifique se a temperatura não está muito alta encostando o dedo no dissipador, se estiver muito quente desligue e melhore a refrigeração.

É importante salientar que num esquema de refrigeração passiva do processador deve-se usar um dissipador grande, com bastante massa, um dissipador de Athlon vai muito bem. Isso combinado com a modificação na rotação do ventilador da fonte o seu Coyote vai ficar com ruído zero, muito confortável para quem vai usar em casa.

Ainda aproveitando os loops do Memtest vamos verificar como a fonte se comporta com o micro funcionando, isso é importante, pois muitas fontes funcionam bem na bancada, mas trabalhando os valores da tensões mudam, e isso pode causar instabilidade no hardware. Para fazer este teste é necessário um multímetro, usaremos os molex (conectores de força dos dispositivos IDE) para medir as tensões, neles encontramos as tensões de +12 e +5Volts, com o devido cuidado para não fechar um curto inserimos as pontas de prova do multímetro nos conectores metálicos, a ponta de teste neutra vai conectada em um dos fios pretos (terra) e a ponta vermelha para medir a tensão no fio de +12Volts (fio amarelo), deixe por alguns segundos e se não apresentar variação maior dos que 10% está bom, com a tensão de +5Volts (fio vermelho) é a mesma coisa.

Se o seu equipamento passou em todos os testes você pode ir tranqüilo para a próxima fase que é gerar o disquete no Wizard e finalmente rodar o Coyote.

Nota: Aqui foi bem exemplificado o esquema de refrigeração passiva e um esquema de ligação da fonte que possibilita um equipamento “ruído 0”, em redes maiores onde o hardware é um mais exigido deve-se usar o esquema tradicional de refrigeração com a fonte sem modificações e o processador com um cooler com ventilador, a utilização de um esquema ou outro de refrigeração deve ser decidido com base na experiência do integrador do sistema.

Botando o Coyote para Funcionar

Texto criado e desenvolvido por Gilberto Gianini

Bom pessoal, agora que o hardware está montado e testado e o disquete já foi gerado é chegada a hora da verdade, o seu Coyote está prestes a entrar em operação, para isso vamos fazer algumas verificações para ver se está tudo certo, é coisa básica, mas não custa nada revisar, muita gente boa já perdeu muito tempo por causa de besteira, horas se batendo em configurações quando o problema era um cabo conectado no lugar errado.

Certifique-se que os cabos estão conectados corretamente, certifique-se de que estão bem crimpados e sem oxidações nos contatos.

Procure fazer uma instalação limpa dos cabos com os cords no tamanho certo, para que fique uma coisa organizada, isso evita confusão na hora de uma remoção do equipamento para manutenção.

A foto abaixo é do meu Coyote, não é a coisa mais organizada do mundo, mas dá para trabalhar nele sem se atrapalhar nos cabos.



Para esta primeira tentativa, vamos ver primeiro se não ocorrem erros durante o boot do Coyote, principalmente na hora de reconhecer as placas de rede, pois a maior parte dos problemas ocorre nesta hora, para isso o roteador deve estar conectado a um teclado e a um monitor além de estar corretamente conectado ao modem e ao hub/switch.

Durante o Boot aparece uma série de pacotes que estão sendo carregados, deve-se prestar atenção se não ocorre nenhuma mensagem de erro, no final do boot, um pouco antes do final aparecem duas linhas descrevendo as placas de rede e as IRQs respectivas, deve se prestar atenção se correspondem as informações do POST, normalmente elas ocupam as IRQs 10 e 11, mas dependendo do equipamento isso pode variar.

Terminado o boot deve se logar como root, digitando no prompt “root” e a senha é a que foi definida no Wizard, isso abre a tela de configurações.



Escolha a opção “C” do menu para ver o status do sistema, ali deve se prestar atenção nas informações que devem estar desta forma:



Isso tudo significa que o Coyote está funcionando, notem que as duas placas foram reconhecidas e estão definidas como eth0 e eth1, se as duas estiverem descritas como eth0 ou eth1 significa que somente uma delas foi reconhecida, neste caso deve ser verificar se o driver escolhido no Wizard está correto ou deve se mudar os slots até as duas serem reconhecidas, como já comentado anteriormente pode ocorrer de uma das placas não ser reconhecida, principalmente quando são placas iguais, neste caso deve-se substituir uma delas.

Em Internet Configuration, podemos notar que em “PPP Assigned IP Address:” que temos o IP externo e em “Connected Since” temos a hora da conexão.

Em LAN Configuration temos as configurações da rede local e logo abaixo temos as informações domínio e os endereços DNS.

Na última linha temos o tempo de atividade do roteador junto com a utilização do sistema.

Se aparecer este status logo de cara você é uma pessoa feliz e seu Coyote já está funcionando bem, as máquinas na rede, se estiverem usando IPs dinâmicos (caso o DHCP do Coyote esteja ativado) já estarão navegando ao se conectar a rede, naturalmente você já poderá acessar via Webadmin (http://ip_do_coyote:8180) e continuar as configurações conforme as suas necessidades.

Agora se o status não ficou como o demonstrado acima não se desespere, é tudo uma questão de ajuste.

Um dos problemas mais comuns é o não reconhecimento de placas de rede pelo Coyote, por isso é sempre ter a mão uma placa alternativa, para os casos em que nada dá certo. Você vai saber que somente uma das placas foi reconhecida se o status das interfaces de rede mostrar somente “eth0” ou “eth1”, lembrando que a eth1 é de Internet e eth0 é da rede local, se ficaram as duas como eth1 isso significa que a placa que está para a rede local não foi reconhecida, neste caso deve se mudar a placa de Slot até ter o status correto das duas interfaces, caso não funcione de jeito nenhum o negócio é trocar uma das placas por um modelo diferente, como já comentei anteriormente a minha “estepe” favorita é a RTL8029AS, como ela é de 10Mbits eu sempre deixo ela para o modem.

Devidamente reconhecidas às placas pelo Coyote, um outro problema que pode surgir é ele não conseguir autenticar no provedor, se você ainda estiver usando um monitor direto no Coyote o status da Internet vai apresentar a mensagem “READY”, isso significa que ele não está discando, neste caso o problema pode ser com o modem, deve-se verificar primeiro se as configurações do modem estão conforme as configurações do Coyote escolhidas no Wizard, se o modem estiver como bridge (o mais comum), deve se verificar as configurações dele, se estiver conseguindo estabelecer uma conexão com o Windows no modem bridge está tudo certo. Você ainda pode consultar o manual do seu modem e configure conforme as instruções do manual.

Se o problema não for o modem pode ser o PPPd do Coyote, caso a versão usada seja até a 2.21 basta substituir o PPPd pelo de uma versão anterior, para isso basta ir até o site do Cláudio (link na área respectiva), e baixar o pacote .TGZ, gravá-lo direto na raiz do disquete do Coyote e reiniciar, das versões 2.23 para frente o kernel é novo e os PPPds das versões mais antigas não funcionarão.

Vale lembrar que atualmente os pequenos problemas relativos a reconhecimento de placas de rede e PPPd estão incomodando bem menos devido a constante evolução do sistema, os problemas se relacionam muito mais a hardware defeituoso ou mal configurado e a escolha errada das configurações no Wizard ou Webadmin.

Devido aos constantes aperfeiçoamentos do Coyote e seus componentes, sempre surgem novas versões do Coyote e de partes dele como novos PPPd e pacotes de correção de bugs, as vezes ocorrem problemas que não tem uma solução imediata mas como sempre estão saindo novos pacotes fique atento as notícias do fórum, assim que sair alguma atualização que possa resolver o seu problema, teste e se possível poste os resultados no tópico correspondente.

Com os eventuais obstáculos desta fase superados, você já pode montar o seu servidor no lugar dele sem teclado e monitor, de agora em diante o acesso para configurações vai ser via Webadmin ou via SSH (PeloPuTTY), só será necessário mexer nele para fazer manutenção ou para trocar o disquete quando sair uma nova versão.

De agora em diante os tutoriais não seguirão mais uma seqüência linear de trabalho, com o seu roteador funcionando você já vai fornecer acesso às máquinas conectadas a ele e você vai poder ir fazendo os ajustes finos e configurações para melhorar a eficiência do sistema com ele já em operação, estes tutoriais serão formulados basicamente com material extraído do fórum (com a devida autorização dos autores), justamente por representar a demanda por informações.

ACESSANDO O COYOTE – REDE INTERNA

Achei conveniente continuar um pouco mais com o tutorial básico, com mais duas partes, tratando do acesso às configurações do Coyote pela rede interna e a configuração das máquinas para que acessem a Internet, com isso a parte básica deve ficar mais completa, atendendo aos iniciantes no Coyote.

Temos, portanto, duas maneiras de acessar o Coyote pela rede interna, através Webadmin, que é a interface gráfica do Coyote, e pelo Putty, numa conexão segura via SSH que pode ser através da rede interna ou um acesso externo, aqui abordaremos somente o acesso pela rede interna.

WEBADMIN

Sem dúvida a o jeito mais agradável de acessar o Coyote, o Webadmin é uma interface gráfica, bastante amigável e intuitiva e que dá acesso a todos os serviços do sistema, tem também vários serviços já pré-configurados que atendem a um grande número de necessidades básicas dos usuários.

Para acessar via Webadmin é simples, basta abrir o navegador (qualquer navegador) digitando na barra de endereços:

http://192.168.0.1:8180

No caso o IP é o do Coyote, se v/ alterou as configurações de rede no Webadmin, deve colocar o endereço que foi escolhido nesta ocasião.

O “:8180” é a porta por onde é feito o acesso via Webadmin.

Clicando no link surge uma janela onde digita-se:

Usuário:root

Senha: ******* (definida no Wizard)

E em seguida abre-se a janela principal do Webadmin, com informações gerais de configurações e o estado do equipamento:

Do lado esquerdo temos vários menus para a configuração dos vários serviços, como o Webadmin atualmente é em português a configuração através dele é bem fácil, tornando o uso do Coyote mais intuitivo.

Basicamente é isso, no Webadmin o usuário vai ter acesso a todos os serviços do Coyote, seja pela interface gráfica, seja pela edição dos arquivos de configuração.

Não vou listar todas as opções presentes no Webadmin pois estas opções serão descritas nos futuros tutoriais.

ACESSO SSH – VIA PUTTY

O acesso SSH substitui o antigo acesso via Telnet que existia em versões mais antigas pelo Coyote, através desta interface segura o usuário vai acessar o terminal do coyote somente em modo console, exatamente o mesmo quando se conecta um monitor e um teclado a ele.

Este acesso, é feito pelo software “Putty” que pode ser baixado neste endereço http://www.chiark.greenend.org.uk/~sgtatham/putty/ , não é necessário instalar, basta rodar o arquivo putty.exe que já é aberta a janela principal dele.

Naturalmente o Coyote tem que estar com o acesso via SSH habilitado, a porta padrão é a 22, mas pode ser alterada de acordo com a preferência do usuário.

Ao iniciar o Putty ele já abre pré configurado para a porta 22 (default no Coyote), bastando somente indicar o IP do Coyote, ou o nome host dele, se você não alterou o nome host no Wizard ao criar o disquete, é só digitar “coyote”, abre-se uma janela onde se digita “root” e depois a senha de root, abrindo o menu de configurações do Coyote.

Se quiser acessar o prompt de comando, através da mesma janela é só digitar “q” que ele sai do menu de configurações e vai para o prompt, dali é só digitar os comandos necessários para a função que se deseja executar.
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